Para cada vinho, uma taça
Escolher taças é como escolher o vinho, são tantos modelos diferentes que algumas vezes ficamos em dúvida de qual seria o melhor modelo para o vinho a ser degustado.
O modelo de taças de vinho que conhecemos hoje é utilizado desde a época Medieval. Na época era elaborado, normalmente, em metais preciosos, mas, ao longo dos anos, e com a necessidade, se tornou transparente. Por volta de 1400 em Veneza os venezianos aprenderam a purificar a sua fonte alcalina e originar um vidro transparente. Após vieram os ingleses, por volta de 1600, e descobriram como deixá-lo mais resistente, fortalecendo-os com as altas temperaturas. Assim descobriram, também, como deixar as garrafas de vidro mais fortes para suportarem a pressão dos champagnes.
Originalmente as taças eram baixinhas e pequenas. E o principal motivo eram os impostos que incidam sobre o vidro. Em torno de 1800, com a isenção dessas taxas, a taça começou a ganhar formas. Sua haste ficou mais longa e o bojo maior, algumas vezes as hastes eram contorcidas, criando desenhos.
Com o passar dos anos percebeu-se
que o tamanho e o formato do bojo da taça fazem com que o gosto da bebida se
altere. Isso ocorre pois, dependendo do formato dela a bebida entrará em partes
diferentes da boca, algumas vezes se espalha pelo palato, em outras o vinho cai
apenas sobre a língua e ainda temos as que passam rapidamente sobre a boca indo
direto a garganta. Isso faz com que as percepções organolépticas da bebida
sejam diferentes, pois em diferentes partes da língua sentimos sensações
diferentes.
Assim, para uma melhor degustação do
seu vinho, além da temperatura, e dos acessórios de serviço, a taça também
merece a sua atenção, seguem algumas dicas:
Para espumantes:
Procure as taças flute para espumantes mais jovens, e uma taça para vinho com pouco bojuda, como da imagem, para as champagnes e espumantes de guarda.
Flute
Champagnes/ Espumantes de guarda
Vinhos tintos jovens:
Para vinhos tintos mais jovens, com uvas mais aromáticas, como a pinot noir, procure taças com um bojo grande e gargalo menor. Assim o vinho poderá oxigenar e os aromas não irão se dissipar rapidamente.
Vinhos de guarda:
Utilize uma taça de bojo médio, para que o vinho não oxigene rapidamente, e o gargalo mais fechado, para que os aromas não se dissipam
Vinhos brancos/ rosés:
Para os vinhos brancos, sempre indicamos que utilize taças de bojo médio ou pequenos, para que a bebida não esquente ao longo da degustação.
Dica: Teste taças com curvaturas diferentes no bojo para analisar as diferentes formas que a bebida entrará na boca.
Flávia R. Busetti
@flaviarbusetti
Crédito da foto que abre este texto: @spiegelau_de
Demais imagens e referências: riedel.com e spiegelau.com
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